Mãos abertas para receber

Um chamado ao arrependimento

“por isso mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência, associai com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento;

com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a perseverança; com a perseverança, a piedade;
com a piedade, a fraternidade; com a fraternidade, o amor.

Porque estas coisas, existindo em vós e em vós aumentando, fazem com que não sejais nem inativos, nem infrutuosos no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.

Pois aquele a quem estas coisas não estão presentes é cego, vendo só o que está perto, esquecido da purificação dos seus pecados de outrora.

Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição; porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum.

Pois desta maneira é que vos será amplamente suprida a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.” (2 Pedro 1:5-11)

[mks_dropcap style=”rounded” size=”52″ bg_color=”#dd3333″ txt_color=”#ffffff”]A[/mks_dropcap] vida do cristão necessita de um crescimento constante no conhecimento da graça de Deus e do sacrifício de Cristo. A sua vida deve demonstrar o avanço da transformação de seu coração e de seus atos.

Porém, o que vejo por aí é a ausência deste crescimento, levando muitos de nós à um ponto de estagnação. Isso é seguido de uma vida com cada vez menos temor de Deus.

Esta sequência pode ser fatal para um cristão e, por este motivo, acredito que você que está lendo este texto, deve refletir com seriedade para descobrir se não está seguindo este caminho. Vou dar alguns exemplos com os quais talvez você se identifique. Se for o seu caso, este é um bom momento para pedir perdão e se consertar com Deus.

Logo que nos convertemos temos uma sede constante da presença de Deus. Acabamos de sair da lama e estamos vendo como isso é bom. Por isso chamamos este momento de “primeiro amor”, estamos totalmente apaixonados pela vida com Deus.

Após algum tempo, com as dificuldades que surgem e os problemas que enfrentamos, começamos a ver que, apesar desta vida ser muito melhor do que a que levávamos, existem muitas situações a vencer. Algumas destas nós venceremos com facilidade, outras com dificuldade e algumas delas vão exigir muita luta.

Ao mesmo tempo, começamos a perceber que aquelas pessoas que nos cercam não são tão perfeitas quanto imaginávamos. Vemos o irmão que não perdoa, a fofoca que corre solta na igreja, aquele que ainda peca e não parece estar se consertando, etc. Tudo isso pode nos influenciar negativamente.

É quando começamos a esquecer do modelo que temos em Cristo e começamos a nos adequar às outras pessoas. Esquecemos que devemos continuar crescendo constantemente e vamos nos acostumando com alguns de nossos pecados, vamos nos acomodando com o nível de intimidade que temos.

Pode ser que seja um pecado que você não vence. Pode ser o desejo de falar da vida das outras pessoas. Pode ser um vício que, além de não vencer, talvez você até goste dele e, como ninguém percebe, a sua “vida de cristão” continua com uma ótima aparência.

Por dentro, todavia, você sabe que a sua vida não está tão bela assim. Você sabe que a aparência que todos veem não é a realidade. Você sabe que você está usando uma máscara de cristão.

Talvez seja pornografia, talvez adultério, talvez seja uma mentirinha ou outra. Talvez seja falta de vontade de ir ao culto. Pode ser também o desrespeito à alguma lei, ou talvez você esteja colando nas provas. Pode ser raiva, inveja, falta de perdão. São muitas coisas invisíveis para os homens, que nos permitem levar uma vida de “cristão”.

Como começamos a ficar mais íntimos de outros irmãos e começamos a notar neles os mesmos “pecados invisíveis”, começamos a pensar que este é o normal, que este é o padrão.

Mas não é.

“Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas.” (Apocalipse 2:4-5)

Por mais que as outras pessoas mantenham alguns pecados, nosso Salvador levou uma vida santa. Ele é o único exemplo que devemos seguir completamente. É nele que precisamos nos espelhar.

Não podemos aceitar uma vida que não seja santa, não podemos aceitar o pecado na nossa vida como se fosse algo normal. Um Deus santo não aceita o pecado, nem o mais invisível deles. A santidade de Deus só existe por ser totalmente livre de pecados, é algo imutável, sólido, consistente.

“Tendo, pois, ó amados, tais promessas, purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus.” (2 Coríntios 7:1)

Não podemos aceitar uma vida que não reflete um coração convertido, sem as obras que são o reflexo de uma vida reta, do agir do Espírito Santo. Não podemos aceitar uma fé morta.

“Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo?” (Tiago 2:14)

Em resumo, para não me alongar muito, a vontade de Deus não é que você fique estagnado, que não cresça. Você foi escolhido por Deus para crescer em conhecimento, crescer em unção, em graça e em sabedoria. Mas para isso é necessário que você dê um passo até Deus e escolha crescer. O resto Ele irá fazer.

Comece, o quanto antes a estudar a Palavra como você nunca fez. Viva em santidade, não aceite o pecado na sua vida. Mude a sua vida de oração e passe mais tempo em contato com o Pai. Entregue seu coração à Palavra que está sendo ministrada no culto, aplique-a para sua vida e apenas para a sua vida.

Depois, me conte como foi. Basta comentar este post.

Paz.


Comments

0 resposta para “Um chamado ao arrependimento”

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *