Estudo do Evangelho de João 15

O capítulo 15 do evangelho de João continua relatando o discurso de Cristo na ceia com os discípulos. Aqui veremos alguns ensinamentos importantes para aqueles que seriam a base da igreja primitiva e para nós, até hoje.

Alguns assuntos tratados por Jesus neste capítulo:

  • Ele é a videira e nós somos os ramos (1-6)
  • Frutificar permancendo nele (7-11)
  • Somos amigos de Cristo (12-17)
  • O mundo odeia a Cristo (18-25)
  • A vinda do Consolador (26-27)

Existem diversos textos muito importantes neste capítulo, muitos ensinamentos que podemos extrair daqui. Vou me focar em apenas um deles e deixar um desafio para você no final.

VÍDEO DO ESTUDO DE JOÃO 15

O capítulo das condições

Este é um capítulo onde, além de algumas repetições, como vimos nos capítulos anteriores deste discurso, temos várias condições que Cristo lista. Estas condições nos ajudam a entender um pouco melhor a mensagem que Ele estava passando neste momento tão importante.

  • Se não estivermos nEle, não daremos fruto
  • Se não dermos frutos, somos lançados fora
  • Se a Palavra não estiver em nós, não seremos atendidos
  • Se guardamos os mandamentos, permanecemos no Seu amor
  • Se fizermos o que Ele manda, seremos seus amigos
  • Se o mundo nos odeia, odeia primeiro a Cristo
  • Se fôssemos do mundo, o mundo nos amaria
  • Se Cristo não tivesse vindo, o mundo não teria pecado

Jesus apresenta uma série de causas e efeitos relacionados por condições específicas. Delas a que mais me chama a atenção é a primeira e a relação que ela tem com o todo.

O fato é que, para darmos fruto, precisamos estar em Cristo. Isso nos traz alguns questionamentos:

1 – O que é estar em Cristo?

A própria Palavra nos responde isso neste mesmo capítulo:

“Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor.”

João 15:10

Para estar em Cristo e permanecer nEle, precisamos guardar os mandamentos. Jesus reitera isso um pouco a frente:

“Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando.”

João 15:14

Não existe como permanecer em Cristo sem fazermos aquilo que Ele nos manda. Isso nos leva a uma próxima pergunta:

2 – O que é que Ele nos manda?

Cristo também responde isso no próprio capítulo 15:

“O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.”

João 15:12

Claro que este não é o único mandamento que Ele deixou para seguirmos, mas é o que Ele cita neste contexto e deve nos fazer refletir. Cristo também disse, de maneira clara que devemos, antes de mais nada amar a Deus acima de todas as coisas (Mc 12:30). Porém, o próprio João relacionou o amor a Deus ao nosso amor ao próximo (1 João 4:20,21), ou seja, mesmo que Cristo esteja citando apenas uma parte dos dois mandamentos, Ele está falando do todo.

O mandamento que devemos seguir para permanecermos na videira é o de amar ao nosso próximo como Cristo nos amou e de amarmos a Deus acima de todas as coisas.

Isso nos leva à próxima pergunta:

3 – O que é esse amor que Cristo está falando sobre?

Novamente, a própria Palavra nos responde isso:

“Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos.”

João 15:13

O padrão que Cristo está levantando aqui é o mesmo com o qual Ele nos amou, a ponto de dar a Sua vida por nós de maneira voluntária. O que Ele está nos mandando fazer é o mesmo que Ele fez por nós.

Aqui, entendo que Cristo está falando de maneira literal, mas também figurada sobre o assunto. Estar disposto a dar a vida por alguém fala também sobre não acharmos que a nossa vida é mais importante que a do próximo, que os nossos problemas são maiores ou mais urgentes que os do próximo. Muitas vezes eu mesmo entendi o meu problema como sendo maior que o problema das pessoas à minha volta. Às vezes eles realmente serão, outras vezes isso vai ser apenas egoísmo.

Amar às pessoas a ponto de entregar nossa vida, também fala sobre a ausência de julgamento. Quando Cristo morre na cruz por nós, não olhou para nossas falhas e pecados. Pelo contrário, Ele mesmo tomou sobre si a culpa de tudo o que nós fizemos. Se julgamos as pessoas que deveríamos amar, estamos distantes do padrão solicitado por Cristo. Entendo que, a verdade contida aqui nesta reflexão é que não devemos ficar remoendo os erros das pessoas, mas sim perdoar, sem julgá-las por erros do passado.

Por fim, isso também fala sobre unidade. Precisamos permanecer em unidade com o corpo de Cristo, amando cada uma das pessoas, não julgando ou criando barreiras entre nós. Sem amor, falhamos na unidade. Sem unidade, não seremos efetivos.

Por isso, a pergunta que fica aqui é: o que tem te impedido de amar às pessoas como Cristo nos amou? É importante meditarmos nisso, pois isso impede os nossos frutos.

O desafio

Existem vários ensinamentos que podemos extrair deste capítulo, vou deixar uma lista deles aqui, você vai escolher um deles e meditar um pouco mais sobre o assunto. Após fazer isso, você vai lá no vídeo do Youtube que publicamos sobre esse capítulo e deixar um comentário sobre qual foi a sua reflexão sobre esse ensinamento.

Escolha um dos assuntos abaixo para o seu desafio:

  • Somos ramos, não videira
  • Estamos limpos pela Palavra
  • Só damos fruto se estivermos na videira
  • Seremos atendidos se pedirmos qualquer coisa?
  • O nosso fruto glorifica a Deus
  • Qual fruto devemos dar?
  • Amigos, servos ou ambos?
  • O mundo nos odeia

Deus abençoe sua vida. Paz.

❗ Você sabia? ❗


Existem formas de você aprender ainda mais sobre a palavra:

3 comentários em “Estudo do Evangelho de João 15”

  1. Bom dia, pastor!
    Eu escolhi o desafio sobre o tópico “Seremos atendidos se pedirmos qualquer coisa?”
    Então, na minha opinião acredito que não. Na minha visão essa parte do versiculo tem que ser lida com bastante calma, pois acredito que não devemos pedir somente coisas que levam ao nosso bem material. Acredito que devemos sempre interceder por outras pessoas e também pedir coisas que nos levam a ter uma aproximação maior com Deus, como por exemplo quando Deus falou para Salomão que ele poderia pedir qualquer coisa, e ele pediu somente a sabedoria ao invés de riquezas. Isso foi demais para mim. Recentemente venho aprendendo bastante sobre sempre incluir as pessoas ao meu redor nas minhas orações e pedir coisas que façam bem para a nossa espiritualidade.

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