Estudo de Gênesis 32

Neste estudo de Gênesis 32 veremos a preparação de Jacó para o encontro com seu irmão e também a luta dele com o anjo.

O capítulo apresenta os seguintes acontecimentos:

  • Jacó se encontra com os anjos de Deus (1 e 2)
  • Jacó teme o encontro com Esaú (3 a 8)
  • A oração de Jacó (9 a 12)
  • O presente para Esaú (13 a 21)
  • A luta com Deus (22 a 32)

Vamos estudar alguns deles.

VÍDEO DO ESTUDO DE GÊNESIS 32

O encontro com os anjos

Ao sair de Padã-Arã, retornando para Canaã, Jacó se encontra com anjos. Isso já havia acontecido em Betel (Gênesis 28), ao sair de Canaã:

“E foi também Jacó o seu caminho, e encontraram-no os anjos de Deus. E Jacó disse, quando os viu: Este é o exército de Deus. E chamou o nome daquele lugar Maanaim.”

Gênesis 32:1,2

Nos dois momentos, Jacó da nome ao lugar. Dessa vez, ele chama o local de Maanaim, que significa “dois acampamentos”, provavelmente dando a entender a proteção divina, que acompanharia o acampamento de Jacó com um acampamento de anjos.

Além disso, o encontro tanto na saída de Canaã quanto no retorno, também demonstram esta proteção divina sobre a vida de Jacó. Essa confiança de que Deus estava com ele lhe deu confiança para a dificuldade da jornada. Nesse momento, após conseguir sair da casa de Labão, havia chegado o temido momento do reencontro com seu irmão.

Deus nos protege em todo o tempo em que andamos em seus caminhos. Jacó estava obedecendo a Deus, fazendo aquilo que era correto. Deus estava ao seu lado, o protegendo. Isso também acontece conosco quando nos submetemos ao Senhor e fazemos aquilo que Ele tem planejado para nós. Andar nos planos de Deus é proteção e benção para nossas vidas. Cumprir aquilo que Ele tem nos chamado para fazer é a garantia de que Ele suprirá tudo o que precisamos.

Medo e oração

Como acontece com qualquer pessoa, Jacó sentiu medo ao ter que se encontrar novamente com seu irmão. Ao temer, ele faz uma oração, a primeira oração dele registrada na Bíblia:

“Livra-me, peço-te, da mão de meu irmão, da mão de Esaú, porque o temo, para que porventura não venha e me fira e a mãe com os filhos.”

Gênesis 32:11

Não é errado sentirmos medo ou ficarmos preocupados com uma situação que vamos enfrentar. Creio que poucas pessoas enfrentariam a possibilidade de morrer sem temer. O medo é um sentimento natural do ser humano que serve, inclusive, para nos proteger dos perigos.

A questão que gera dificuldades é quando o medo nos paralisa. Nossos medos e receios nunca podem nos paralisar, uma vez que nosso Deus é maior que qualquer situação.

Para não ser parado pelo medo, Jacó ora, entregando a situação nas mãos do Senhor e o lembrando de tudo o que já estava prometido. Essa atitude de entregar seus medos em oração é a atitude correta. Isso nos lembra quem é que governa nossas vidas, e não somos governados pelo medo. Por isso essa oração de Jacó é tão significativa: ele estava rendendo ao Senhor a situação.

Ao mesmo tempo, ele não fica apenas na oração, esperando que Deus fizesse tudo por ele. Ele se organiza para que a ira de seu irmão fosse aplacada com os presentes, preparando uma logística e um discurso que o ajudassem nesse propósito.

Deus não precisa de ajuda, mas nós precisamos fazer a nossa parte. Lembre-se que Deus poderia ter aberto o mar para o povo passar exclusivamente com Sua vontade, mas Ele pede que Moisés bata com o cajado na água. Deus faz todas as coisas que precisamos, mas nossa atitude é fundamental para o processo.

O Peniel

O vau de Jaboque era um local onde o Rio Jaboque era mais raso, ou seja, um local onde a travessia do rio era segura. O Rio Jaboque era um afluente do Rio Jordão, de cerca de 100 quilômetros de extensão e, em alguns pontos, tinha uma correnteza bem forte. Por isso o vau de Jaboque era importante, por ser um lugar de travessia mais simples em uma barreira natural entre dois territórios formada pelo rio.

Após passar sua família para o outro lado, Jacó tem um misterioso encontro com um homem e começa a lutar com ele. A luta dura a madrugada toda e, antes de amanhecer, lemos o seguinte:

“E disse: Deixa-me ir, porque já a alva subiu. Porém ele disse: Não te deixarei ir, se me não abençoares. E disse-lhe: Qual é o teu nome? E ele disse: Jacó. Então, disse: Não se chamará mais o teu nome Jacó, mas Israel, pois, como príncipe, lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste.”

Gênesis 32:26-28

Ao passarem muito tempo lutando, a pessoa pede que Jacó o deixasse ir e Jacó pede para ser abençoado antes. Essa pessoa então muda o nome de Jacó, que significa enganador ou usurpador, para Israel, que significa príncipe de Deus.

Aparentemente Jacó entendeu que estava lutando com o próprio Deus, sendo alguns acreditam que tenha sido uma pré-encarnação de Jesus.

Apesar do episódio todo estar envolvido em mistério podemos aprender aqui que, às vezes, Deus nos coloca na luta, nos fortalece para a luta e nos abençoa na luta, da mesma maneira que aconteceu com Jacó.

Muitas vezes as lutas pelas quais passamos são uma fonte de aperfeiçoamento e benção para nossas vidas.


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